Por Victor Sanches Hernandes Martins Braz - Cientista Social. Apaixonado por cinema e crítico de cinema na página Naminhopinião.
Em Niterói, frequentava a Cahu Vídeo, em que descobri diversos filmes incríveis que me acompanham até hoje, como “Star Wars - A Ameaça Fantasma”, “O Som ao Redor”, “2001: Uma Odisseia no Espaço”, “Blade Runner - O Caçador de Androides”, entre outros.
Minha vivência com cinemas de rua é relativamente recente - até porque, só tenho 23 anos. Isto muito por conta de que eles são cada vez menos.
Em uma cidade como São Paulo, tal qual o Rio de Janeiro, por exemplo, os cinemas de rua ainda existem, mas em uma quantidade diminuta comparada ao século passado. O cinema saiu das ruas e direcionou-se aos shoppings, espaços de mercado, do Capital, o que, é claro, condiciona o consumo da conhecida Sétima Arte a uma lógica maior de consumo.
Dentro da importante A Obra de Arte na Era de sua Reprodutibilidade Técnica, Walter Benjamin nos traz esta questão: o cinema é uma arte que nasce no capitalismo, feita para a reprodução e pensada para o consumo, um produto, portanto, e, como tudo que é gestado neste modo de produção, visa exclusivamente ao lucro e à maior visibilidade.
O consumo de cinema não se trata mais, hoje, principalmente, apenas de assistir a um filme, portanto, mas também de despesas como alimentação, transporte, estacionamento, entre outras. Claro, nas ruas também era assim, com uma circulação de pessoas e dinheiro, mas nos shoppings, o consumo maior é praticamente obrigatório, e a relação das pessoas com o cinema muda: a escolha ‘Ir ao cinema’ é completamente diferente da ‘Vou ao Shopping e vejo o que está passando’.
Em “Retratos Fantasmas” - excelente filme, inclusive -, o cineasta Kleber Mendonça Filho explora justamente esta mudança nas paisagens da cidade, a saída dos cinemas das ruas para os shoppings.
Voltando ao propósito original deste texto, tento ir ao máximo aos cinemas de rua, ainda que a experiência mais tecnológica de uma sala IMAX seja somente possível nos shoppings. Ir ao Cine Belas Artes ou ao Espaço de Cinema Augusta - e seu maravilhoso anexo, no lado oposto da calçada - são experiências incríveis. Ir assistir a um filme com um público que igualmente está lá para ter a mesma experiência que você é sempre algo mágico.
Minha vivência com cinemas de rua é relativamente recente - até porque, só tenho 23 anos. Isto muito por conta de que eles são cada vez menos.
Em uma cidade como São Paulo, tal qual o Rio de Janeiro, por exemplo, os cinemas de rua ainda existem, mas em uma quantidade diminuta comparada ao século passado. O cinema saiu das ruas e direcionou-se aos shoppings, espaços de mercado, do Capital, o que, é claro, condiciona o consumo da conhecida Sétima Arte a uma lógica maior de consumo.
Dentro da importante A Obra de Arte na Era de sua Reprodutibilidade Técnica, Walter Benjamin nos traz esta questão: o cinema é uma arte que nasce no capitalismo, feita para a reprodução e pensada para o consumo, um produto, portanto, e, como tudo que é gestado neste modo de produção, visa exclusivamente ao lucro e à maior visibilidade.
O consumo de cinema não se trata mais, hoje, principalmente, apenas de assistir a um filme, portanto, mas também de despesas como alimentação, transporte, estacionamento, entre outras. Claro, nas ruas também era assim, com uma circulação de pessoas e dinheiro, mas nos shoppings, o consumo maior é praticamente obrigatório, e a relação das pessoas com o cinema muda: a escolha ‘Ir ao cinema’ é completamente diferente da ‘Vou ao Shopping e vejo o que está passando’.
Em “Retratos Fantasmas” - excelente filme, inclusive -, o cineasta Kleber Mendonça Filho explora justamente esta mudança nas paisagens da cidade, a saída dos cinemas das ruas para os shoppings.
Voltando ao propósito original deste texto, tento ir ao máximo aos cinemas de rua, ainda que a experiência mais tecnológica de uma sala IMAX seja somente possível nos shoppings. Ir ao Cine Belas Artes ou ao Espaço de Cinema Augusta - e seu maravilhoso anexo, no lado oposto da calçada - são experiências incríveis. Ir assistir a um filme com um público que igualmente está lá para ter a mesma experiência que você é sempre algo mágico.
São Paulo, 12/03/2025