O cine Metropole foi inaugurado em 25/01/1964 (410 anos da cidade de São Paulo), em uma das galerias mais tradicionais da capital, a Galeria Metrópole, na Av. São Luiz, nº 187.
Na época de sua inauguração, os cinemas paulistanos já enfrentavam a crise de diminuição do público, por causa da concorrência de outras formas de lazer.
Na época de sua inauguração, os cinemas paulistanos já enfrentavam a crise de diminuição do público, por causa da concorrência de outras formas de lazer.
Até o começo dos anos 80, o cinema foi frequentado por um público considerado de bom nível, atraído pela suntuosidade e elegância do salão de entrada e pela qualidade do equipamento e da exibição. Com a divisão das salas maiores em várias unidades, a capacidade de 979 lugares acabou fazendo do cinema um dos maiores da cidade.
Do dia 21 de março ao dia 29 de abril de 1993, o cinema - conhecido como palco de pré-estreias para públicos especiais - chegou a exibir filmes pornográficos para tentar aumentar a procura. Não deu certo.
Para alegria do velho público, a elegância de Anthony Hopkins, Emma Thompson e Vanessa Redgrave em "Retorno a Howards End" substituíram os gemidos dos filmes de sexo. A programação acabou ficando no meio termo, mas sem as filas dos anos 70 e 80 para se ver filmes como "Laranja Mecânica" e "Contatos Imediatos do Terceiro Grau".
Para alegria do velho público, a elegância de Anthony Hopkins, Emma Thompson e Vanessa Redgrave em "Retorno a Howards End" substituíram os gemidos dos filmes de sexo. A programação acabou ficando no meio termo, mas sem as filas dos anos 70 e 80 para se ver filmes como "Laranja Mecânica" e "Contatos Imediatos do Terceiro Grau".
Alceu Luís Castilho, para o jornal "O Estado de S. Paulo", de 12/01/1996.
O cinema fechou em 23/04/1998.
Os empresários André Almada e Klaus Ebone decidiram restaurar o espaço e devolvê-lo à cidade em forma de um espaço multieventos.
O cinema fechou em 23/04/1998.
Os empresários André Almada e Klaus Ebone decidiram restaurar o espaço e devolvê-lo à cidade em forma de um espaço multieventos.
O processo de restauração do imóvel, que é tombado pelo Patrimônio Histórico, teve início em 2007, incentivando ainda mais o processo de revitalização do centro de São Paulo. Com capacidade acima de duas mil pessoas, a casa possui toda a infraestrutura necessária para atender a demandas diversas, seja shows de bandas e artistas nacionais e internacionais, eventos corporativos, de música eletrônica e culturais, congressos, formaturas e, até mesmo, aniversários e casamentos.
O projeto é assinado pelo arquiteto alagoano Osvaldo Tenório, e remete a uma atmosfera diferenciada do cinema. "Ao entrar lá, as pessoas saem do mundo real para viver uma experiência lúdica", afirma. Foram preservadas e resgatadas características originais da obra, como os lustres e as arandelas de cristal, o piso de madeira e mármore, o logotipo (a letra 'M' ao contrário), que aparece nos puxadores das portas de acesso e no letreiro que traz o nome da casa, e até mesmo o forro de gesso, cujo desenho dos ângulos contribui com a acústica do espaço.