Por Sylvio Luiz Panza (Escritor)
![](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiGQGYP7VcVjAzXbu3Zc8uiogxnk8u5vFVkFhNupigSJhKe3Y14wLlTeNoF7trOfw_BanqQNp2EGVLq_ZJ7Lqc_Hy_p2TGgoUcaeeNXkTK6naP7QW3QxX-dLeYeKRVh3oVIbI79AGj2I84/s400/cinemasilencioso.jpg)
Na época do cinema mudo e preto e branco os diretores e atores, assim como todos os envolvidos na produção de um filme, tinham que superar estas deficiências técnicas para conseguir transmitir emoções ao público.
Sem tecnologia para captar as vozes dos atores e os sons do ambiente, muito menos sincronizar uma dublagem, as filmagens recorriam ao uso de legendas que se tornaram marca registrada daquela época. Algumas salas colocavam um pianista para, conforme a sua habilidade, sincronizar melodias e sons ao andamento da história.
As maquiagens e figurinos também tinham que considerar os tons de cinza, o preto e o branco no resultado final das filmagens. Já os atores precisavam atuar como mímicos, o que tornava ainda mais complexa a arte de contracenar. As sequências dos roteiros, por sua vez, tinham a missão de cadenciar o ritmo da história para não deixá-la monótona e manter o interesse da plateia.
É verdade que existiam, como era de se esperar com tantas dificuldades, filmes de péssima qualidade também naquela época. Mas grandes obras primas foram produzidas e são referências até os dias de hoje.
Os grandes atores e filmes desta época do cinema em preto e branco podem nos inspirar, em qualquer área de atuação, na tentativa de aproveitarmos toda a tecnologia que dispomos com os mesmos cuidados, técnicas, arte e garra daqueles que não dispunham de tantos recursos e criavam obras maravilhosas.
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