Mais de 50 anos de cinema e remanescente da "Época de Ouro" do cinema.
Trabalhou 30 anos no grupo Sul/Paulista.
Foi diretor de publicidade da Warner/Columbia.
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Nos anos 50, a cidade de São Paulo era o coração cinematográfico do Brasil, no qual participei, de todos os grandes eventos.
Para analisar a extensão da tela do cine República
Tínhamos o cine República, com a maior tela do mundo, onde eram exibidas as grandes produções em Cinemascope e 3ª. Dimensão. O cine Olido, com orquestra e poltronas numeradas. O Ritz exibia os grandes Westerns, e posteriormente, totalmente reformado, exibiu o filme “A volta ao mundo em 80 dias”, passando a se chamar Rivoli. O cine Normandie exibia as grandes produções francesas, como por exemplo “O Salário do Medo”, de Henry Georges Clouzout, e outros grandes filmes, com todos os grandes atores franceses da época, como Martine Carol, Jean Gabin, entre outros. O cine Comodoro, com o sistema Cinerama, foi uma das grandes sensações da época. O cine Marabá, tinha a maior freqüência de público do Brasil, chegando a exibir filmes para até 65.000 expectadores por semana.
A inauguração de um cinema era uma verdadeira apoteose, com a presença do Governador do Estado, Prefeito e altas autoridades, onde o traje a rigor era obrigatório. Não podemos esquecer, também, dos grandes musicais exibidos no cine Metro.
Além do público normal no centro de São Paulo, os cinemas eram freqüentados pela nata da sociedade paulistana, que se deslocavam da zona sul para o Centro, para assistirem as grandes produções estrangeiras. Existem tantos outros fatos para serem contados, sobre o que era o cinema daquela época, que daria para escrever um livro.